domingo, 26 de agosto de 2012

PROIBIDO OU PERMITIDO?


Muitos se interrogam: "Se no Missal Romano atual não proíbe tal conduta litúrgica, então posso prosseguir com ela? ".Não é bem assim.  

Bem, nem tudo está escrito nas rubricas. Deve-se usar o que chamo de BOM SENSO. Como algumas coisas como na elevação da hóstia o padre em vez de só elevar , ele faz uma exposição de 180º para os fieis.  

Deve-se também evitar as MISTURAS LITÚRGICAS, como realizar rubricas tridentinas juntamente com as atuais (pós Concilio Vaticano II). Exemplo: se ajoelhar na hora da benção final, ao entregar a comunhão traçar uma cruz em frente do fiel, na hora de colocar o incenso no turibulo fazer uma oração (que é do rito tridentino). 

Alguns fieis idosos seguem até hoje algumas regras litúrgicas do antigo rito romano, como também algumas tradições, como por exemplo falar na hora das elevações do Pão e do Vinho:  "Senhor eu creio, mas aumentai minha fé". E foi passando de geração a geração, mesmo com a mudança do ritual romano. Em algumas paróquias se fala em voz baixa em outras se fala no microfone pelo "ministério de música", em outras todos ficam em profundo silêncio. 

  • Um erro clássico realizado por alguns padres que querem ser litúrgicos é o uso da Pluvial. Seguem a norma tridentina dentro da Missa Nova. Exemplo: Entram de capa e ficam com ela até o "Glória",o que é errado para a Missa Nova. (ver: O uso do Pluvial )
Na Missa Atual Romana, o padre pode sim entrar em procissão de pluvial, mas ao "pé do altar" ele deve retira-la e vestir a casula e aspergir os fieis de casula. Lembrando que o rito da Missa começa quando o padre diz "Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". 

Se ele for fazer alguma benção fora do rito da Missa , ai sim o rito novo , permite que ele faça uso da capa pluvial para aspergir. 

O padre deve se policiar de não misturar regras litúrgicas de um rito "A" dentro de uma celebração de um rito "B". Se fosse assim todo padre na missa romana de Paulo VI, poderia dar a benção seguindo as normas bizantinas (pois se trata de um dos ritos da Igreja Católica).

Como diz um velho ditado "cada macaco no seu galho". 


Pesquisar, ler as rubricas (se possível até em latim) do Missal, Pontifical Romano, Cerimonial dos Bispos ..etc. A literatura é vasta , basta só paciência e interesse de ler, decorar e executar a coisa certa. Mas muitos padres não tem essa paciência e seguem o que viu com os padres antigos do período de sua formação no seminário ou em sua paroquia de origem. 

Não podemos confundir tradição religiosa com normas litúrgicas, como por exemplo, colocar o terço amarrado no punho esquerdo, após comungar se ajoelhar para meditar, beijar a mão do padre , pedir a benção ao padre, beijar um ícone, usar véu (apesar que já foi lei canônica).


Por fim, evitemos praticar normas tridentinas que não estejam contidas na liturgia Romana de Paulo VI. E nem normas atuais na Missa Tridentina. A Liturgia é como uma partitura de música. Pois guando se muda uma nota musical, muda todo o andamento da música original

PAX !



segunda-feira, 6 de agosto de 2012

ORAÇÃO DO PAI NOSSO NA MISSA ROMANA (PAULO VI)

Dom Antônio Carlos Rossi Keller, Bispo de Frederico Westphalen,
abre os braços durante a celebração da Missa em sua Catedral.
Gesto puramente sacerdotal e do ministro ordenado que celebra.


O momento da oração do Pai nosso, é indicado nas rubricas do Missal que o celebrante e os demais concelebrantes (padres) fiquem de mãos estendidas ( Extendit manus est). Logo , a assembléia deve ficar contrita de mão unidas em posição orante(ou de mão estendidas como documentado nas catacumbas de Roma, exercendo o sacerdócio batismal ). 

Existe um empasse entre os estudiosos de liturgia a cerca da posição que o fiel deve se portar neste momento, pois o Missal não é explicito. 

Em algumas paróquias se tem o costume de todos os fiéis de dar as mãos, uns aos outros do início ou fim do Pai nosso. Mas tal costume não tem respaldo na Tradição nem nas rubricas do Missal e sim na filosofia da "união" ou até mesmo num pensamento supersticioso de alguns povos. 

(Cf. IGMR 237)

O Pai nosso deve ser recitado ou cantado (mas só a letra da oração oficial em latim ou na tradução que estiver no missal) 

Mas muitos padres permitem que se toque musicas misturadas com a oração do Pai nosso, o que não é o correto. A liturgia ela é como uma partitura de música, se colocar muitos "enfeites" , "modificações" a música  se torna uma nova versão da original, fugindo da originalidade harmônica. Assim é a liturgia. 

É correto sim cantar somente a letra oficial do Pai nosso , como conhecemos a versão em latim , cantada pelo beato Papa João Paulo II e pelo nosso atual Papa Bento XVI. 




INCLINAÇÃO DO PADRE NA MISSA



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