sexta-feira, 10 de abril de 2009

Sexta-Feira Santa



IN PASSIONE ET MORTE DOMINI


O elemento fundamental da liturgia da sexta-feira é a Proclamação da Palavra. O rito da apresentação e adoração da cruz nasce como ato conseqüente. A cruz é colocada no centro da Assembléia cristã como sinal pascal de vitória e do amor que vence o mal e a morte. Assim ela é aclamada e adorada. A Igreja ergue o sinal de vitória como que para tornar visível a própria palavra de Jesus: “Quando eu for levantado atrairei todos a mim” (Jo 12,32).


Dando preferência ao horário das 15 horas, que lembra a hora em que Jesus morreu, a celebração começa com prostração e silêncio,


seguida de breve oração, diante do altar despojado de toalhas, de velas e de cruz. Procede-se imediatamente à Liturgia da Palavra. Toda ênfase deve ser dada a essas leituras tão apropriadas. Em muitas comunidades é comum o grupo jovem encenar a paixão do Senhor depois da celebração litúrgica. Há, em alguns lugares, iniciativas no sentido de conversar com estes jovens para que possam integrar tais encenações na própria celebração. Nesse caso, a encenação do evangelho torna-se expressão de piedade, presença mistérica do evento litúrgico da paixão (anamnese) e não apenas representação dramática.


Para o rito da "adoração" da cruz, no caso de assembléias muito numerosas, é previsto um único gesto de reverência à Cruz, realizado ao mesmo tempo por todos. O que se deve evitar é a multiplicação de cruzes em função de agilizar a procissão, pois a verdade do sinal requer que a cruz seja única. Também não é uma solução muito pastoral transferir o gesto de beijar a cruz para depois da celebração. Se os cantos que acompanham o gesto pessoal são adequadamente escolhidos, este pode ser um momento de fecunda meditação. O rito da comunhão prevê o canto do Pai nosso; e durante a distribuição, o canto do salmo 22(21). Ao final, o altar volta a seu despojamento e a cruz é colocada no centro como referência para a oração pessoal.

Feria VI in Passione Domini



O cenário da sexta-feira é o altar desnudado e as imagens cobertas,indicando o luto da Igreja. É tempo de jejum e meditação silenciosa. Sugere-se com insistência a Liturgia das Horas. O Ofício das Comunidades oferece ofícios para as diferentes horas do dia. Outra possibilidade é a Via Sacra, expressão consagrada da piedade do povo. Em muitos lugares há expressões como a memória das dores de Maria, a procissão do Senhor morto e tantas outras manifestações. É importante respeitar tais costumes locais, sempre porém, de modo que apareça a primazia da ação litúrgica.




Solene Ação Litúrgica:
Hora: deve-se celebrar à tarde, por volta das 15 horas.
Porém, onde houver alguma razão pastoral, pode ser celebrada
desde o meio-dia até às 9 horas da noite.
Altar: deve estar totalmente desnudado, sem Cruz,
sem castiçais e sem toalhas.
Rito: é próprio e consta de quatro partes:

1) Leituras;2) Orações Solenes; 3) Adoração da Cruz; 4) Comunhão.


Indulgência: A Igreja concede Indulgência plenária
aos que hoje participam piedosamente da veneração da Santa
Cruz e beijam devotamente o Santo Lenho (cf. Enchiridion
Indulg., n. 17).
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